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Oxum ou Oloxum (do iorubá), também grafada como Osun, Oshun ou Ochun, na religião yoruba, é um orixá que reina sobre a água doce dos rios, sendo considerada a senhora da beleza, das águas fluviais, do amor, e muito ligada à riqueza, à vaidade, e ao poder feminino.

É representada por uma mulher africana cercada de ouro, espelhos, carregando um bebê no colo, representando o seu poder da beleza e de afeto. É cultuada no Candomblé, na Umbanda[3] e em diversas religiões afro-americanas. Oxum é dona do ouro e da nação ijexá. Tem o título de Ìyálòdè entre os orixás.

 

Índice

1 Mitologia
2 Influências
2.1 Na África
2.2 Brasil
2.2.1 Candomblé
2.2.1.1 Características
2.2.2 Umbanda
2.2.3 Sincretismo
2.3 Cuba
2.4 Haiti
3 Notas
4 Ver também
5 Ligações externas

 

Mitologia


Oxum é filha de Iemanjá e Oxalá. Oxum, Iansã e Obá eram esposas de Xangô. Muitos dizem que Oxum enganou Obá e a induziu a cortar a orelha e colocá-la no amalá de Xangô, criando, com isso, uma grande desavença entre ambas.

Mas, pensa-se que Obá apenas cortou sua orelha para provar seu amor a Xangô. Muitos difundiram este mito porque Oxum é a orixá da beleza e da juventude, ao passo que Obá tem mais idade e protege as mulheres dignas, idosas e necessitadas, além de trabalhar com Nanã.

Quem afirmar que há uma desavença entre Oxum e Obá e que esta é a menos amada por Xangô está totalmente enganado, porque Obá é aquela mulher que fica ao lado do marido e que mais recebe o amor dele.

Quanto ao fato de algumas qualidades lutarem entre si, não é por causa da “desavença”, que nem é verdadeira, e sim porque as qualidades fazem uma representação de conflitos e guerras do tempo em que tais qualidades estavam na Terra.

Do mesmo jeito que, se houver uma qualidade de Iansã que, quando viveu na Terra, teve uma guerra com Ogum, quando ambos incorporarem, representarão uma luta entre si, para mostrar que possuíam certa desavença, e um pouco da história do mundo.

Vale lembrar que estamos falando dos orixás Obá e Oxum, e não de suas qualidades (caminhos). Os orixás tiveram uma história aqui na Terra, e as qualidades, outra. Então, se Iansã tiver um conflito com Ogum, não podemos dizer que a Iansã (orixá) tem conflito com Ogum (orixá), porque quem tem a desavença são suas qualidades, e não os orixás entre si.

 

Influências


Na África

O seu nome deriva do Rio Osun, que corre na Iorubalândia, região nigeriana de ijexá e Ijebu. Identificada no jogo do merindilogun pelos odu ejioko e Ôxê, é representada pelo candomblé, material e imaterialmente, por meio do assentamento sagrado denominado igba oxum.

É tida como um único orixá que tomaria o nome de acordo com a cidade por onde corre o rio, ou que seriam dezesseis e o nome se relacionaria a uma profundidade desse rio.

As mais velhas ou mais antigas são encontradas nos locais mais profundos (Ibu), enquanto as mais jovens e guerreiras respondem pelos locais mais rasos. Exemplo: Osun Osogbo, Osun Opara ou Apara, Yeye Iponda, Yeye Kare, Yeye Ipetu

Em sua obra “Notas Sobre o Culto aos Orixás e Voduns”, Pierre Fatumbi Verger escreve que os tesouros de Oxum são guardados no palácio do rei Ataojá.

O templo situa-se em frente e contém uma série de estátuas esculpidas em madeira, representando diversos Orixás: “Osun Osogbo, que tem as orelhas grandes para melhor ouvir os pedidos, e grandes olhos, para tudo ver. Ela carrega uma espada para defender seu povo.

O Festival de Osun é realizado anualmente na cidade de Osogbo, na Nigéria. O Bosque Sagrado de Osun-Osogbo, onde se encontra o Templo de Osun, é patrimônio mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura desde 2005.

 

Brasil

Candomblé

Oxum é um orixá feminino da nação Ijexá, adotada e cultuada em todas as religiões afro-brasileiras. É o orixá das águas doces dos rios e cachoeiras, da riqueza, do amor, da prosperidade e da beleza.

Em Oxum, os fiéis buscam auxílio para a solução de problemas no amor, uma vez que ela é a responsável pelas uniões, e também na vida financeira, a que se deve sua denominação de “Senhora do Ouro”, que outrora era do Cobre, por ser o metal mais valioso da época.

Na natureza, o culto a Oxum costuma ser realizado nos rios e nas cachoeiras e, mais raramente, próximo às fontes de águas minerais. Oxum é símbolo da sensibilidade e muitas vezes derrama lágrimas ao incorporar em alguém, característica que se transfere a seus filhos, identificados por chorões.

  • Candomblé Bantu – a Nkisi Ndandalunda, Senhora da fertilidade e da Lua, muito confundida com Hongolo e Kisimbi, tem semelhanças com Oxum.
  • Candomblé Ketu – Divindade das águas doces, Oxum é a padroeira da gestação e da fecundidade, recebendo as preces das mulheres que desejam ter filhos e protegendo-as durante a gravidez. Protege, também, as crianças pequenas até que comecem a falar, sendo carinhosamente chamada de “Mamãe” por seus devotos.

Características

Kare – veste azul e dourado, cor do ouro. Usa um abebé e um ofá dourados.

  • Iyepòndàá ou Ipondá – é a mãe de Logunedé, orixá menino que compartilha dos seus axés. Ambos dançam ao som do ritmo ijexá, toque que recebe o nome de sua região de origem. Usa um abebé (espelho de metal) nas mãos, uma alfange (adaga)[6], por ser guerreira, e um ofá (arco e flecha) dourado, por sua ligação com Oxóssi. É uma das mais jovens.
  • Yeye Okè Qualidade de Oxum que tem fundamentos com o Orixá Oxóssi, Oxoguiãn, Yemanjá, essa qualidade de Oxum habita nas montanhas, é uma caçadora noturna companheira de Karé,utiliza um ofá e abebe e um Erukere
  • Iya Ominíbú Qualidade de Oxum que habita nas nascentes dos rios
  • Iya mérìn Qualidade de Oxum Vaidosa,dizem que é qualidade da Mãe menininha de Gantois,Conta-se que essa Oxum não toma a cabeça de seus filhos na idade madura tem ligação com Ewá
  • Ajagura Qualidade de Oxum Guerreira nova e agitada,dona dos Ikodidés, tem fundamentos com Xango,carrega um alfange e abebe
  • Ijímú Qualidade de Oxum de caráter mais velho muito feiticeira,com grande ligação com as Iyamis,muito poderosa tem fundamentos com Nanã, Oyá, Xangó, Omulu
  • Yeye Ipetu – é uma Oxum de culto muito antigo, no interior da floresta, na nascente dos rios, ligada a Ossaiyn e, principalmente, a Oyá, dada a sua ligação com Egun.
  • Èwuji
  • Iyá Bòtò
  • Iyá Nlá
  • Oxum Opará ou Apará – qualidade de Oxum, em que usa um abebé e um alfange (adaga) ou espada. Caminha com Oya Onira, com quem muitas vezes é confundida. Diferente das outras Oxuns por ter enredo com muitos orixás, vem acompanhada de Oyá e Ogum.

As sete folhas mais usadas para Oxum são Efirin, Eré tuntún, Macassá, Teté, Ejá Omodé, Wuê mimolé e Ewê boyí funfun.

 

Umbanda

Na Umbanda, o culto a Oxum apresenta poucas diferenças em relação à Religião iorubá e ao Candomblé.

 

Sincretismo

Nas religiões afro-brasileiras, é sincretizada com diversas Nossas Senhoras. Na Bahia, ela é tida como Nossa Senhora das Candeias ou Nossa Senhora dos Prazeres.

No Sul do Brasil, é muitas vezes sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, enquanto no Centro-Oeste e Sudeste é associada ora à denominação de Nossa Senhora, ora com Nossa Senhora da Conceição Aparecida.

Na Região Nordeste, é sincretizada com Nossa Senhora do Carmo. Em Minas Gerais, é sincretizada com Nossa Senhora das Dores.  No Norte do Brasil, é sincretizada com Nossa Senhora de Nazaré.

 

Cuba

Na santería cubana, é chamada Ochún. O sincretismo deste orixá se dá na santería’ com Nossa Senhora da Caridade do Cobre, padroeira de Cuba. Ver Oshun

 

Caminhos de Oshun no Lukumí

Na tradição cubana Lukumí, Oxum tem muitos caminhos ou manifestações. Algumas delas incluem:

Oshun Ibu Ikole—Oxum, o abutre, falcão, águia, predadores. Esta Oxum está associada com bruxas (Ajé), e os seus símbolos são o abutre, o almofariz e o pilão (símbolos de feitiçaria). Em Cuba, seus mitos dizem que esta Oxum salvou o mundo, por voar as orações do mundo a morrer até o Sol (Orun), onde Olodumare vive, no entanto, na África Ocidental este mito é atribuído a Yemoja.

Oshun Ibu Anya—Oxum dos tambores (Drums). Esta Oxum é a padroeira da dança e dos tambores Anya. Ela diz para dançar incessantemente para esquecer seus problemas.

Oshun Ibu Yumu—Esta Oxum é a mais velha Oxum. Ela se senta no fundo do rio, tricotando.

Oshun Ibu D’Oko—Oxum, a esposa de Orixá Oko. Esta Oxum é retratada como um sulco para ser arado e uma vulva gigante, enquanto seu marido Orixá Oko é um fazendeiro e retratado como um falo gigante. Esta é uma das manifestações mais obviamente procriativa de Oxum.

Oshun Ololodi—Oxum, a adivinha. Esta Oxum é a esposa de Orunmila, o orixá da adivinhação Ifa.

Oshun Ibu Akuaro—Oxum, a codorna. As crianças desta manifestação de Oxum são consideradas pessoas muito nervosas.

Fonte: Wikipédia

 

 

 

Equipe Meu Orixá

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3 Comments

  • Alberto disse:

    Oxum é um orixá feminino da nação Ijexá, adotada e cultuada em todas as religiões afro-brasileiras. É o orixá das águas doces dos rios e cachoeiras, da riqueza, do amor, da prosperidade e da beleza.

  • Beto disse:

    Que o amor de Mamãe Oxum adoce nossos caminhos e nossos inimigos pela vida. Deixando nossa vida plena apenas de seu amor e de suas riquezas!

    Ora Yê Yê Ô Oxum!

  • Vista disse:

    Salve dourada senhora da pele de ouro!
    Benditas são suas águas, e essas mesmas águas lavam meu ser e me livram do mal.

    Ora ie ieu Oxum,

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